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Policial é condenado a 20 anos de prisão pela morte de tenente Scheifer


Policial é condenado a 20 anos de prisão pela morte de tenente Scheifer

A Justiça condenou o cabo da Polícia Militar Lucélio Gomes Jacinto, acusado de matar o tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, em maio de 2017, em Matupá, a 696 km de Cuiabá, a 20 anos de prisão. A decisão foi concluída na noite dessa quinta-feira (24), após nove horas de julgamento.

Os outros dois réus, o sargento Joaílton Lopes de Amorim e o soldado Werney Cavalcante Jovino, foram absolvidos.

A promotora Daniele de Souza disse no julgamento que há indícios claros de que houve omissão por parte do cabo Lucélio, no socorro ao tenente Carlos. Ela disse que, segundo um sargento que estava no local, os policiais não se preocuparam em ajudar o tenente baleado.

A defesa de Lucélio alega que ocorreu uma “falsa interpretação da realidade”.

Segundo ele, o cabo viu o vulto com alvo cruzado achando que era um oponente, o que, segundo o advogado, se assemelhava com o contexto do terreno, porque os bandidos abandonaram o próprio veículo e porque todas as saídas estavam fechadas.

No entanto, a Justiça decidiu pela condenação pelo crime de homicídio triplamente qualificado, com pena 20 anos de prisão.

Apesar da condenação, Lucélio poderá recorrer da sentença em liberdade porque foi beneficiado por um habeas corpus que ainda está em vigor. Ele só poderá ser preso definitivamente depois que se esgotarem os recursos de apelação aos quais tem direito para tentar mudar a decisão da Justiça.

O caso

Durante as investigações sobre o caso, os três militares julgados nessa quinta-feira mantiveram a versão de que Scheifer havia sido morte em um confronto. No entanto, um exame de balística revelou que o tiro que matou o tenente foi disparado pelo cabo Lucélio Gomes Jacinto.

À época, além de Lucélio, Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino foram presos pelo homicídio, mas atualmente respondem o processo em liberdade.

Uma investigação da Corregedoria da Polícia Militar apontou que eles inventaram o confronto com ladrões de banco para encobrir a morte de Scheifer. A ação terminou com quatro suspeitos presos e dois mortos, além de outros dois que conseguiram fugir.

As investigações apontaram que os militares cometeram o crime porque queriam evitar que o tenente Carlos Scheifer, que liderava equipe, os denunciasse por desvio de conduta na morte de um dos suspeitos do roubo.

No ano passado, o Ministério Público Estadual (MPMT) pediu à Justiça a condenação do cabo Lucélio e a absolvição do sargento Joailton e do soldado Werney. No documento o promotor cita que as provas do processo são suficientes para demonstrar que Lucélio praticou o crime, mas são insuficientes para imputar a coautoria ao sargento e ao soldado.

Com isso, a Justiça decidiu apenas pela condenação de Lucélio e absolveu os outros dois policiais.

 

 

 

Fonte G1